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EXPOSIÇÃO ARTÍSTICA “AS MULHERES DO THAR” TRAZ AS CORES DA VIDA NO DESERTO PARA O ESPAÇO CULTURAL BAUHAUS BRASIL

2 de Junho de 2023 às 13:44 - Ribeirão Preto

 

[caption id="attachment_14813" align="alignnone" width="218"] Ana Cunha na vernissage da sua exposição "As Mulheres do Thar", no Espaço Cultural Bauhaus Brasil[/caption]

 

Aconteceu na noite de ontem, dia 01/06, a vernissage da exposição artística "As Mulheres do Thar", da artista Ana Cunha. 

O evento contou com a presença da expositora, que esteve à disposição dos visitantes para trocar ideias sobre o processo de criação da telas, e recebeu amigos e apreciadores da arte. Um coquetel especial recepcionou os presentes. 

Ana, que se inspirou em fotografias reais para criar suas obras, trouxe para o espaço cultural Bauhaus Brasil, em Ribeirão Preto, as cores, dificuldades e superações da vida no deserto. Conforme destaca:

"A presente série “AS MULHERES DO THAR” nasce de um longo processo de pesquisa, contato e autorizações para uso das imagens, sobre as mulheres que habitam a região do Deserto do Thar, que abrange desde o noroeste da Índia, no estado do Rajastão (85%), avançando até a parte oriental do Paquistão (15%), uma área que, mesmo árida tem alguma vegetação e plantações irrigadas. O terreno é formado por colinas de areias onduladas e uma vegetação dispersa, acompanhada por elevações rochosas". 

 

[caption id="attachment_14814" align="alignnone" width="169"] Obra "Tempestade de Areia", de Ana Cunha[/caption]


Sobre o tema da exposição, Ana afirma que:

"O Rajastão é o maior estado da Índia, tendo como Capital Jaipur, conhecida como a Cidade Rosa. Outras cidades importantes do Rajastão são Jodhpur, a Cidade Azul, Udaipur, A Cidade Branca e Jaisalmer, a Cidade Dourada. Jaisalmer é a cidade mais próspera do Deserto do Thar. O idioma usado é o hindi e o rajastani. É um estado de contrastes, de cidades ricas e pujantes e de povoados extremamente pobres. Por suas características, a principal atividade de sua escassa população é o pastoreio e algumas roças. Tem importantes indústrias de couro e lã. As temperaturas vão de 0 graus centígrados no inverno a extremos 52 graus centígrados no verão. Cerca de 40% dos moradores do Estado do Rajastão vivem no Deserto do Thar. Nele vivem grupos ciganos, grupos semi-nômades que vivem em pequenas aldeias, sendo a cidade de Jaisalmer, a maior do estado. Lá, muitas mulheres cobrem o rosto. Motivos? Vários! Religião, cultura do vilarejo, para proteger do sol forte e da poeira do deserto. Devido à escassez de água, as mulheres que habitam o deserto chegam a caminhar quatro quilômetros até os poços e minas, com potes sobre as cabeças em busca de água para beber e cozinhar. É um povo alegre. Nos trajes tradicionais, as cores e motivos encontrados dependem da ocasião, casta e status econômico, e tem uma variedade festiva de cores, como o amarelo, o vermelho, o laranja e o rosa. No deserto, as casas têm formato arredondado e são feitas de barro com teto de galhos retirados dos arbustos e nas paredes de algumas casas, flores e animais da região são pintados com cal. Em redor das casas, sempre há muitas cabras, camelos e crianças. As mulheres são muito vaidosas e adoram se enfeitar, muitas delas têm os olhos verdes que se destacam na pele curtida pelo sol, têm longos cabelos presos em belas tranças, usam muitas pulseiras e tornozeleiras, enormes brincos nas orelhas e no nariz e anéis nos dedos das mãos e dos pés. Elas usam Kajal bem marcado nos olhos, o que também é costume entre os homens. São muito simples, silenciosas e, quando falam, falam baixo. A voz e os gestos são muito suaves. Vestem-se com longas saias ou vestidos rodados, cobrem o rosto e os cabelos com véus transparentes. São sérias, com ar de mistério e sempre levam os filhos ao lado. A vida não é fácil, trabalham desde os primeiros raios de sol até o final da tarde. Todos são muito próximos e o senso de partilha entre eles é maravilhoso. Para aquelas pessoas, o que parece importar é ter comida e saúde. Deveria ser assim em todos os lugares do mundo".

Ana Cunha dedicou quatro anos à produção da série artística, que teve como  ponto inicial seu interesse ao ver uma imagem feita pelo filósofo Shivji Joshi, morador de Jodhpur, a Cidade Azul, a qual originou sua primeira tela, "Fila Indiana". 

 

[caption id="attachment_14811" align="alignnone" width="207"]"Fila Indiana", de Ana Cunha "Fila Indiana", de Ana Cunha[/caption]

 

A exposição fica aberta no Espaço Cultural Bauhaus Brasil até o dia 01/07, com visitação totalmente gratuita. 

Veja alguns registros na galeria abaixo. 

Serviço:
Exposição Artística “As Muheres do Thar”
Artista Expositora: Ana Cunha 
Curadoria: Ubirajara Júnior 
Organização do Evento: Mirian Ruth 
Visitação: de 02/06 à 01/07 (segunda, terça, quarta e quinta, das 08:30h às 21:30h / sexta, das 08:30 às 18:00h / sábados das 08:30 às 11:30h)
Onde: Espaço Cultural Bauhaus Brasil – Rua Mariana Junqueira, 623 – Centro. Ribeirão Preto-SP 

 

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